2 de abril de 2008


A Árvore dos Poemas


Quando a árvore dos poemas não dá poema,

Seus galhos se contorcem todos como mãos de enterrados vivos,

Os galhos desnudos, ressecos, sem o perdão de Deus!

E, depois, meu Deus, essa lenta procissão de almas retirantes...

De vez em quando uma tomba, exausta à beira do caminho

Porque ninguém lhe chega ao lábio o frescor de cântaro,

a doçura de fruto que poderia haver um poema

Maldita a geração sem poetas que deixa as almas seguiremseguirem como animais em estúpida migração!

Quando a árvore dos poemas não dá poemas,

Qual será o destino das almas?


(Mario Quintana)

Um comentário:

cacá disse...

Bem que eu percebi que na sua casa tem uma árvoe de poemas!!!!!
rsrsrsrsrs

beijos e um maravilhosoooooooooooooooooooo feriado!!!!!!!